CEO do JPMorgan: Acho o Bitcoin inútil, mas nossos clientes discordam

Jamie Dimon, presidente-executivo do JPMorgan Chase & Co, disse nesta segunda-feira (11) na conferência anual do Instituto de Finanças Internacionais (IIF) que criptomoedas como o Bitcoin são “inúteis”.

Contudo, ele reconheceu que os clientes do banco discordam dessa posição:

“Eu não quero ser um porta-voz. Eu não me importo. Não faz diferença para mim”, disse ele. “Também não acho que você deva fumar, mas nossos clientes são adultos. Eles discordam. É isso que faz os mercados. Portanto, se eles quiserem ter acesso para comprar Bitcoins, não podemos custodiá-los. Mas podemos dar-lhes acesso legítimo e o mais transparente possível.”

Ainda durante a conferência anual, ele questionou a escassez da criptomoeda e sugeriu, sem provas, que o limite de 21 milhões de BTC poderia ser alterado:

“Vou apenas desafiar o grupo para outra coisa: como você sabe que termina em 21 milhões? Todos vocês leram os algoritmos? Vocês todos acreditam nisso? Não sei, sempre fui um cético em relação a essas coisas.”

Bitcoin sem valor intrínseco

Recentemente, Dimon disse ao CEO da Axios, Jim VandeHei, que o Bitcoin “não tem valor intrínseco”.

E, embora acredite que a criptomoeda seguirá existindo no longo prazo, ele afirmou que o BTC poderia ser banido em algum país:

“Sempre acreditei que ele se tornaria ilegal em algum lugar, como a China o tornou ilegal. Então, acho que é um pouco de ouro de tolo”.

Além disso, Dimon disse a VandeHei que os reguladores vão regulamentar as criptomoedas. De fato, o governo dos Estados Unidos parece estar avançando na regulação dos criptoativos.

Entretanto, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, esclareceu no final de setembro que não tem intenção de banir o Bitcoin nos EUA como fez a China.

JPMorgan e criptomoedas

Por outro lado, o banco segue ampliando seus produtos de investimento em criptomoedas. Em julho deste ano, o JPMorgan abriu a oferta de fundos de Bitcoin, Bitcoin Cash, Ethereum e Ethereum Classic para seus clientes do varejo.

Com a iniciativa, o gigante bancário se tornou o primeiro grande banco dos EUA a fornecer fundos de moedas digitais a todos os clientes da divisão de gestão de fortunas.

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