CEO da Steam: 50% das transações realizadas com Bitcoin na plataforma eram fraudes

Gabe Newell, CEO da Valve, empresa que controla a plataforma de jogos Steam, finalmente explicou a decisão de retirar o Bitcoin (BTC) como meio de pagamento. De acordo com ele, além da grande volatilidade, cerca de 50% de todas as transações com BTC eram fraudulentas.

A Steam incluiu o BTC como opção de pagamento em 2016, mas a medida durou somente um ano. O ato foi revogado em 2017 durante a forte valorização do BTC. Na época, a empresa citou a volatilidade da criptomoeda como justificativa para a decisão.

No entanto, Newell deu mais detalhes sobre a decisão em entrevista ao site PC Gamer. Ele também falou sobre os recentes bloqueios que a Steam fez a jogos em blockckain e NFT. O banimento total desses aplicativos da Steam ocorreu em outubro de 2021.

Fraudes e altas taxas levaram Steam a abandonar o Bitcoin

Na entrevista ao PC Gamer, Newell revelou que muitas das transações realizadas com BTC eram fraudulentas. O executivo não culpou a criptomoeda em si, mas sim os clientes que aplicaram as fraudes.

“Tivemos problemas quando começamos a aceitar as criptoformas como uma opção de pagamento. Cerca de 50% dessas transações foram fraudulentas, o que é um número muito elevado. Estes eram clientes que não queríamos ter”, disse Newell.

Nesse sentido, Newell criticou parte da comunidade criptomoedas que não preza pela honestidade. De acordo com o empresário, o mercado possui atores cujas práticas não são apoiadas pela Steam nem pela Valve.

Outro aspecto que foi novamente ressaltado por Newell é a volatilidade do BTC, que aumentou muito em 2017. Com isso, receber transações em BTC tornou-se “um pesadelo completo”.

“Um jogo poderia custar US$ 10 um dia e US$ 100 no próximo”, disse Newel. Por isso, guardar BTC trazia impactos para a lucratividade da plataforma, mas também para os clientes. O CEO afirmou que eles não tinham ideia de que preço que eles estavam realmente pagando pelos jogos.

Nfts e steam

Quatro anos após retirar o BTC como opção de pagamento, a Valve decidiu proibir também jogos construídos sobre a tecnologia blockchain ou que emitem e permitem criptomoedas ou NFTs. A proibição ocorreu por meio da mudança de diretrizes da plataforma, que baniu esses aplicativos.

Como resultado, nenhum jogo baseado em blockchain poderia ser jogado através da Steam. Newell defendeu a proibição como forma de “proteger os clientes” da plataforma.

“As coisas que estavam sendo feitas eram super amadoras. Havia coisa ilegal nos bastidores, e você sabe, isso é ruim para os clientes. Blockchain é “uma ótima tecnologia, mas as formas que ela está sendo utilizada são atualmente são bem esboços. E você meio que quer ficar longe disso”, disse.

Contudo, a empresa permanece aberta nas possibilidades de produtos distribuídos e tecnologia de blockchain, embora Newell continue cético de seus benefícios. Ele disse que a tecnologia precisa evoluir antes de ser realmente uma solução na vida das pessoas.

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