Caso GAS: Documentos revelam envolvimento de políticos na suposta pirâmide de Bitcoin

Documentos vazados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelaram o envolvimento de políticos no esquema apontado como pirâmide financeira GAS Consultoria Bitcoin, do “Faraó dos Bitcoin”, Glaidson Acácio dos Santos.

De acordo com uma reportagem do Jornal O DIA, um prefeito da Costa do Sol, cujo nome não foi revelado, teria realizado investimentos no suposto esquema de pirâmide financeira.

Fazem parte da região municípios como Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Rio das Ostras, Macaé, Saquarema, Araruama e São Pedro da Aldeia.

Além disso, informações obtidas pelo O DIA dão conta de que o prefeito, que também é empresário, teria aplicado recursos de campanha na empresa.

Caso essa informação seja confirmada, podem ser caracterizados crimes de lavagem de dinheiro e caixa dois. Consequentemente, isso poderia acarretar cassação, inelegibilidade e até mesmo eleição suplementar.

Os documentos vazados são parte do inquérito das investigações do Ministério Público, da Polícia Federal e da Receita Federal.

Deputado envolvido

Conforme apontou a reportagem, um Deputado Estadual muito conhecido na região teria feito aplicações “vultuosas” na GAS. O parlamentar também não teve a identidade revelada.

“Como a lista [de investidores] é grande, outros medalhões da política fluminense devem aparecer. Mas tem ainda aqueles que deixaram o poder. Nossas fontes garantem que ao menos três ex-prefeitos da Região dos Lagos também colocaram muito dinheiro nas mãos do “Faraó dos Bitcoins” esperando o milagre da multiplicação”, diz a reportagem assinada por Renata Cristiane.

Região dos Lagos: redutos dos golpes com criptomoedas

A Região dos Lagos do RJ ganhou os noticiários após a morte do investidor Wesley Pessano em agosto deste ano.

A polícia suspeitou de que a morte seria resultado de uma disputa territorial pelas “empresas de criptomoedas” da região.

Naquele mesmo mês, veio à tona o desmoronamento da GAS que culminou com a prisão de Glaidson.

Após deflagrar a Operação Kryptos, as autoridades começaram a investigar outras empresas da região. As companhias ofereciam altos rendimentos sobre supostas aplicações em Bitcoin e outras moedas digitais.

Em seguida, uma série de empresas com sede na região começou a fechar as portas, deixando clientes no prejuízo. Isso inclui: ESA Consultoria & Investimentos, Alphabets, Eagle Eyes Investimento, Black Warrior (BW) e Decolar Investimento.

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