Bitcoin será moeda legal em cinco países até 2022, diz CEO da BitMEX; veja possíveis candidatos

O CEO da BitMEX, Alexander Höptner, acredita que mais quatro países adotarão o Bitcoin (BTC) como moeda legal em 2022. Ele não citou nomes, mas afirmou que todos estão no grupo de países em desenvolvimento. A afirmação veio de um texto escrito por Höptner no blog da BitMEX.

Dessa forma, o movimento isolado de El Salvador deverá ganhar força a partir do final deste ano. A nação centro-americana foi a primeira a adotar o BTC como moeda através da Ley Bitcoin, que entrou em vigor no dia 7 de setembro.

“Até o final do ano que vem, teremos pelo menos cinco países que aceitam Bitcoin como moeda legal. Todos eles serão países em desenvolvimento”, disse Höptner.

Remessas mais baratas e maior inflação

De acordo com Höptner, os países em desenvolvimento possuem ao menos três motivos para adotar o BTC como moeda. O primeiro é a necessidade de remessas internacionais mais baratas e rápidas, seguido por inflação maciça e questões políticas.

Tais problemas não são exclusivos de países pobres, mas causam maiores danos a essas populações. Ao contrário dos consumidores em países mais desenvolvidos, as pessoas nas economias em desenvolvimento são mais afetadas por questões relacionadas a pagamentos internacionais e inflação.

Por exemplo, cerca 23% do Produto Interno Bruto (PIB) de El Salvador em 2020, foi oriundo de remessas internacionais, enquanto o Banco Mundial avaliou que os países de baixa e média renda recebem cerca de 75% do total das remessas globais.

Nesse sentido, as taxas cobradas pelos meios tradicionais são um peso maior. Os valores podem chegar a mais de 20% do total enviado. Ao passo que o uso do BTC praticamente zera essas taxas, caso o envio seja realizado pela Lightning Network (LN).

Höptner acrescentou que as pessoas ao redor do mundo estão cada vez mais olhando para o Bitcoin como uma solução para enfrentar a inflação maciça.

Nesse caso, o CEO deu como exemplo a Turquia, que possui a segunda maior taxa de inflação do mundo em 2021 (19,2%). Como resultado, a taxa de pessoas que possuem BTC no país disparou de 600 mil para quase 4 milhões, cerca de 5% da população local.

Risco político

Parte dessa adoção também depende da ação política. El Salvador foi muito beneficiado neste aspecto pelo entusiasmo do presidente Nayib Bukele.

O presidente foi um dos proponentes e maior defensor da Ley Bitcoin. Mas Bukele é alvo de vários protestos no país devido a sua forma de governar, considerada autoritária por muitos salvadorenhos. Para Höptner, há o risco de que a imagem dos políticos contribua para manchar o BTC em si.

“Mas se é uma realidade que a política terá um grande papel na adoção do Bitcoin como moeda de curso legal, também é verdade que qualquer falha desses líderes na fase de implementação pode prejudicar a adoção mais ampla de criptomoedas em geral”, acrescentou.

Até agora, porém, a adoção do BTC em El Salvador tem sido mais positiva do que negativa. Segundo dados do governo, existem mais salvadorenhos com cadastro na Chivo Wallet do que com contas bancárias abertas nos bancos. A carteira já atinge 3 milhões de pessoas, quase metade da população.

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