Aluguel de ações e fundos imobiliários: entenda como funcionam

O investimento em ações e fundos imobiliários possui uma série de atrativos, como isenção de imposto de renda via dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) e o potencial de valorização dos ativos. Mas há um incentivo adicional que é pouco comentado: o aluguel desses ativos.

Sim, é possível alugar suas ações ou cotas de fundos imobiliários e receber um extra com isso. Curiosamente, esta operação também é conhecida como BTC e é uma excelente alternativa para investidores. Mas o que é e como funciona o aluguel?

Alugue ativos por meio da bolsa

O processo de aluguel de ações é algo extremamente simples. Bastam apenas alguns comandos para habilitar sua conta ao processo. Tudo começa com dois personagens importantes do mercado.

Por um lado, existem os negociadores de ações (traders), que desejam lucrar na operação de um ativo. Porém, eles nem sempre querem realizar a compra do ativo em questão para operar. Por outro lado, há o investidor de longo prazo, que mantém suas ações e não planeja vendê-las.

Nesse sentido, o trader pode recorrer a uma opção muito mais prática: alugar ações durante um determinado tempo, negociar esses ativos e, após o fim do contrato, devolvê-los ao dono, acrescido de uma taxa correspondente ao valor do aluguel.

Simultaneamente, o investidor de longo prazo cede os ativos em regime de aluguel. Todo o processo é realizado com intermédio da corretora e da própria bolsa. O contrato possui prazos, taxas a serem pagas, assim como qualquer operação de aluguel.

Para o trader, a operação permite adquirir ativos para operar sem precisar comprá-los e lidar com as taxas de corretagem. Já o investidor pode disponibilizar seus ativos para aluguel, sendo remunerado por isso a cada vez que alguém tomar suas ações emprestadas, ganhando com ativos que estariam “parados” na carteira.

Como alugar ativos?

A princípio, o sistema de aluguel funcionava apenas com ações. No entanto, a B3 liberou a possibilidade de alugar cotas de fundos imobiliários desde 2020, bem como cotas de ETFs.

Qualquer investidor que possua conta em alguma corretora de valores pode disponibilizar as suas ações para alugar. Para isso é preciso acessar o site da corretora e liberar o sistema de BTC. Esta liberação pode variar de acordo com o sistema de cada instituição.

Uma vez autorizada, todas as ações, cotas de fundos e ETFs da sua carteira serão disponibilizadas para aluguel. A quantidade que será tomada vai depender da demanda por determinado ativo. Ações com mais liquidez, por exemplo, são mais demandadas para aluguel e pagam as melhores taxas.

Caso a sua corretora não possua essa automatização, não há problema. Basta entrar em contato com o seu assessor de investimento e manifestar a intenção de alugar seus papéis. Além de rápido, o processo é totalmente gratuito.

Processo de tomada e devolução

Quando surge uma proposta de aluguel, a corretora automaticamente disponibiliza os papéis para o tomador. Junto com isso, o investidor que alugou os ativos é informado sobre o prazo de empréstimo e a taxa de juros oferecidos pelo tomador interessado.

Durante o período do aluguel, as ações ficam temporariamente em posse do tomador. Ou seja, o dono original não poderá vender os papéis ou alugá-los novamente. Também não será possível votar na assembleia de acionistas. Contudo, o pagamento de dividendos e os demais direitos permanecem com o o dono da ação.

Ao final do contrato, o investidor recebe de volta o controle das suas ações e também o rendimento obtido no aluguel, descontado o Imposto de Renda retido na fonte. As taxas da B3 são pagas por quem tomou o aluguel. O contrato também pode ser encerrado antes do prazo por qualquer uma das partes.

Vantagens

Em geral, o investidor que aluga seus ativos tem a maior vantagem na operação. Afinal de contas, o processo gera uma renda extra além dos dividendos pagos, entre outras vantagens:

  • Proporcionar uma rentabilidade extra. O valor não é tão alto; em muitos casos, pode ser de apenas 2% ao ano), mas é uma renda extra para ativos parados;
  • Mesmo com os ativos alugados, o investidor continua com o direito de receber dividendos e ganhos de JCP oriundos dos seus ativos, assim como possíveis bonificações;
  • Para o tomador, significa o fim da necessidade de comprar o ativo que deseja negociar, podendo maximizar seus ganhos e reduzir os custos com operações;
  • A operação é custodiada pela própria B3, a qual garante a devolução dos ativos para as mãos do emprestador, após o término do contrato acordado.

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